Espaço criado por militantes e simpatizantes do PPS, para debate interno em período congressual, sem qualquer vínculo com a direção do partido

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Os efeitos da candidatura própria nos Estados

Alguns esclarecimentos adicionais sobre a tese da candidatura própria:

 1) Ter candidatura própria presidencial NÃO SIGNIFICA necessariamente ter chapa própria de deputados federais e/ou estaduais. Ao contrário. Longe disso. Significa que os interesses nos estados estarão preservados, ou seja, cada diretório definirá as melhores estratégias locais justamente para eleger os nossos deputados, pois todos estamos de acordo que esta é a prioridade absoluta para 2014.

2) Traduzindo (com situações hipotéticas): o PPS pode lançar, digamos, Raul Jungmann presidente, e ter lá em Pernambuco as chapas de deputados  federais e estaduais coligadas ao PSDB, por exemplo. No Maranhão, a candidata ao Governo Eliziane Gama pode se coligar ao PSB. No Rio, o PPS pode hipoteticamente apoiar Garotinho no PR - Partido da República. No Paraná, ter candidatura e chapas próprias. E em São Paulo, podemos apoiar Geraldo Alckmin (PSDB) governador com Marcio França (PSB) vice, e coligar nossos deputados na chapa apenas com o PSB, enquanto o PSDB se coliga com o DEM, por exemplo. Nada impede. Não existe verticalização. Nenhum engessamento. Cada diretório estadual estará livre para fechar as suas alianças, dentro do nosso amplo campo da oposição.  

3) Nesse mesmo raciocínio, é equivocada a premissa de que tivemos o melhor desempenho na eleição de deputados em 2006 EXATAMENTE PORQUE não tivemos uma candidatura própria presidencial. Ao contrário. Tivemos o melhor desempenho justamente porque não tivemos candidatura presidencial NENHUMA (oficialmente), ou seja, porque foram privilegiados os acordos estaduais, atendendo os interesses locais para eleger os deputados, sem o engessamento de um palanque único nacional.

4) É justamente isso que uma candidatura própria do PPS em 2014 vai proporcionar, em vez de rachar o partido no 1º turno entre os que vão se alinhar a Aécio ou Eduardo (um ou outro), jogando no limbo o lado “derrotado”. Se tivermos uma candidatura própria que nos permita continuar transitando com Aécio e Eduardo como aliados para o 2º turno, focando a eleição contra um inimigo em comum (o PT de Dilma e Lula), sairemos muito mais fortalecidos e com chances reais de eleger uma bancada muito maior.